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Relembre jogo a jogo a trajetória do Corinthians na conquista invicta da Libertadores da América

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Invicto, Corinthians pôs fim a angústia pelo título da Libertadores

Invicto, Corinthians pôs fim a angústia pelo título da Libertadores

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Com o passar do tempo, a Libertadores passou a ser cada vez mais valorizada pela torcida do Corinthians. Para a edição de 2012 da competição, o Timão chegou com duas sensações bem distintas. Se por um lado a equipe de Tite vinha cercada de expectativa pela conquista do Brasileirão de 2011, por outro, tinha nas costas o grande peso de afastar de vez o fantasma da eliminação para o Tolima no mesmo ano, antes mesmo da fase de grupos. O lado positivo, como sabemos, prevaleceu.

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Apesar de alguns sustos durante a campanha, Adenor e seus comandados foram impecáveis na primeira conquista alvinegra da Libertadores da América. Os números e o desempenho da equipe, invicta ao final do torneio, são provas disso. Para qualquer corinthiano, cada partida daquela campanha é histórica.

Por isso, no dia em que a conquista completa cinco anos, o Meu Timão relembra cada jogo da campanha invicta do Corinthians para conquistar a América. Relembre abaixo:

Primeira fase

Deportivo Táchira 1x1 Corinthians (15/02/2012)

No apagar das luzes, Ralf garantiu o empate do Corinthians

No apagar das luzes, Ralf garantiu o empate do Corinthians

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

No gramado do Estádio Pueblo Novo, na Venezuela, o Corinthians deu o pontapé inicial para uma das maiores conquistas de sua história. Às 22h do dia 15 de fevereiro de 2012, o jogo contra o Deportivo Táchira começou. Foi a típica partida de Libertadores. O time alvinegro era superior técnica e taticamente, mas, aguerridos, os venezuelanos abriram o placar em um lance de azar do zagueiro Chicão. Ao tentar afastar uma jogada que chegaria com perigo depois de lateral cobrada, a bola bateu no atacante adversário e entrou. Com o tento, os fantasmas da edição anterior do torneio vieram na cabeça de todo torcedor. A angústia só foi acabar bem perto do apito final. No que todos chamam de último lance, com o relógio já ultrapassando o previsto pela arbitragem, Alex cruzou falta na cabeça de Ralf, que empatou a partida e trouxe de volta a confiança da Fiel.

Escalação da partida: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique (Willian), Emerson (Alex) e Liedson (Elton)

Corinthians 2x0 Nacional (07/03/2012)

Com muita calma, Danilo abriu o placar para o Corinthians no Pacaembu

Com muita calma, Danilo abriu o placar para o Corinthians no Pacaembu

Daniel Augusto Jr./Fotoarena

Os mais de 29 mil torcedores presentes no Pacaembu esperavam ansiosamente pela primeira partida do Corinthians em casa na Libertadores de 2012. Depois da nervosa e complicada estreia longe dos seus domínios, o Timão chegava pressionado para o jogo contra o Nacional, do Uruguai. Era preciso vencer e, sobretudo, convencer. Empurrados pela torcida, os comandados de Tite demonstraram muita vontade, mas, com ela vieram os erros. Quase no fim da primeira etapa, aos 37 minutos, Danilo acalmou a equipe. O camisa 20 alvinegro aproveitou rebote, cortou o goleiro com extrema frieza e desentalou o grito de gol da garganta da Fiel. O tento marcado pelo meia deu tranquilidade para o time, que voltou bem para o segundo tempo. A certeza dos três pontos, no entanto, só veio aos 21 minutos, quando Edenílson arrancou muito bem e cruzou na medida para Jorge Henrique, de peito, matar a partida. Mais um passo havia sido dado e a confiança só aumentava.

Escalação: Julio Cesar; Edenílson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Douglas); Jorge Henrique (Emerson) e Liedson (Elton)

Cruz Azul 0x0 Corinthians (14/03/2012)

Em jogo duro, o Corinthians não conseguiu sair do zero no México

Em jogo duro, o Corinthians não conseguiu sair do zero no México

Daniel Augusto Jr./Fotoarena

Uma semana depois da excelente vitória em casa, os jogadores do Corinthians embarcaram em um voo de quase dez horas rumo ao México, onde enfrentariam o Cruz Azul, no Estádio Azul. Além da longa e cansativa viagem, os 2.200 metros de altitude da capital mexicana também dificultaram a vida do Timão. Mesmo com estes obstáculos, os comandados de Tite começaram melhor que os mandantes - marcando em cima e criando algumas oportunidades. Na segunda etapa, no entanto, o ritmo caiu e o adversário cresceu. Apesar da pressão ensaiada pelos donos da casa, o placar não saiu do 0 a 0. O Corinthians, porém, praticamente “marcou um gol” com Chicão, que, perto do fim da partida, tirou uma bola de cima da linha. O empate ficou de bom tamanho para a equipe, que se mantinha invicta e seguia pontuando na chave.

Escalação: Julio Cesar; Edenilson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Jorge Henrique (Ramírez), Danilo (Elton) e Alex; Liedson (Emerson)

Corinthians 1x0 Cruz Azul (21/03/2012)

Danilo foi novamente decisivo para o Timão

Danilo foi novamente decisivo para o Timão

Daniel Augusto Jr./Fotoarena

Após a visita ao México, foi a vez do Corinthians receber o Cruz Azul no Pacaembu, exatamente uma semana depois do empate sem gols no Estádio Azul. Agora, foram os mexicanos que sentiram na pele a dificuldade de uma longa viagem e da necessidade de adaptação rápida a outro ambiente geográfico. O Timão queria e precisava se aproveitar disso. Com casa cheia novamente, a dualidade do apoio e da pressão parecia tomar conta do time alvinegro. Sobrava vontade e nervosismo na hora de finalizar. As chances apareciam, muito por conta da marcação alta proposta por Tite. Sem aproveitar as oportunidades, o Corinthians só foi abrir o placar aos 35 minutos da primeira etapa. Em cobrança de falta de Alex, Danilo testou para o fundo das redes e garantiu importantes três pontos para o Corinthians. Agora com oito e líder do grupo, a equipe estava praticamente garantida nas oitavas de final.

Escalação: Julio Cesar; Edenílson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Elton); Jorge Henrique e Liedson (Emerson)

Nacional 1x3 Corinthians (11/04/2012)

Jorge Henrique foi quem abriu o placar no Paraguai

Jorge Henrique foi quem abriu o placar no Paraguai, "casa" do Timão por um dia

Daniel Augusto Jr./Fotoarena

A confirmação matemática da classificação do Corinthians veio junto com a primeira vitória da equipe longe de seus domínios. Em seu terceiro compromisso fora de casa, o Timão, enfim, conseguiu repetir o rendimento dos duelos no Pacaembu e bateu o Nacional, no Paraguai, com facilidade. É bem verdade que a Fiel compareceu em peso ao estádio Nicolás Leoz, na Ciudad del Leste, mas garantir três pontos fora de São Paulo foi um passo bastante importante para a equipe. A vitória tranquila começou a ser construída por Jorge Henrique, aos 29 do primeiro tempo. Logo aos cinco da segunda etapa, Edenilson fez jogada brilhante, tabelou com Danilo e deixou Emerson na cara do gol para ampliar. Os paraguaios se lançaram e diminuíram com Peralta. A reação, no entanto, não durou muito. Um minuto depois, o atacante Elton, que saiu do banco, fechou a conta e garantiu a vaga do Timão nas oitavas.

Escalação: Julio Cesar; Edenílson (Welder), Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique, Emerson (Willian) e Liedson (Elton)

Corinthians 6x0 Deportivo Táchira (18/04/2012)

Paulinho marcou seu primeiro na Libertadores contra o Táchira

Paulinho marcou o segundo do Timão contra o Deportivo Táchira

Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

A classificação garantida parece ter feito bem ao Corinthians. Sem pressão para a última rodada da fase de grupos, contra o eliminado Deportivo Táchira, o Timão deu show para os mais de 27 mil torcedores presentes no Pacaembu. Marcando o adversário em cima e sobrando tecnicamente, os comandados de Tite aplicaram a maior goleada da equipe na Libertadores de 2012. O convincente triunfo por 6 a 0 começou a se desenhar aos 17 minutos, com gol de Danilo – o meia marcou em todas as partidas do Timão em casa na primeira fase. Dez minutos depois, foi a vez de Paulinho ir às redes, depois de boa jogada envolvendo Liedson. Antes do fim da primeira etapa, os visitantes tiveram um jogador expulso. O time alvinegro aproveitou a vantagem numérica e ampliou com Jorge Henrique e Emerson. Apesar dos quatro gols marcados e da excelente vantagem, o estádio clamava e queria ver um tento do camisa 9 Liedson, que passava por fase difícil. A oportunidade apareceu da melhor maneira possível, em pênalti sofrido pelo próprio Levezinho. Depois de cobrança ruim, o centroavante não desperdiçou o rebote e recebeu o carinho dos torcedores e de todo o elenco. Ainda deu tempo para outra penalidade a favor do Corinthians. Dessa vez foi Douglas quem bateu, fechando a conta e a participação do Timão na fase de grupos. Hora do mata-mata.

Escalação: Julio Cesar; Edenílson, Chicão (Welder), Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Danilo (Douglas); Emerson (Willian), Jorge Henrique e Liedson

Oitavas de final

Emelec 0x0 Corinthians (02/05/2012)

Fora de casa, Corinthians teve problemas com a arbitragem e saiu de campo com o empate

Corinthians teve problemas com a arbitragem e saiu de campo com o empate

Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Por ser dono da segunda melhor campanha da primeira fase, o Corinthians enfrentou o Emelec, do Equador, nas oitavas de final. Apesar de, em tese, ser um adversário mais simples do que a maioria dos classificados, a distância podia atrapalhar o Timão. Assim como no confronto contra o Cruz Azul, o Corinthians teve de fazer uma viagem de mais de seis mil quilômetros para entrar em campo no estádio George Capwell, em Guaiaquil. Com a bola rolando, os comandados de Tite estavam visivelmente tensos. O nervosismo só cresceu com as contestáveis decisões do árbitro José Hernando Buitrago. Na mais importante delas, o juiz expulsou Jorge Henrique com o segundo cartão amarelo - ao fim do jogo, treinador e presidente alvinegro reclamaram muito da arbitragem. Mesmo com a desvantagem numérica, o Corinthians de Tite se manteve sólido defensivamente e saiu do Equador com um bom empate por 0 a 0. Apesar da falta de gols, o jogo teve importância fundamental para o restante da campanha campeã. Cássio, depois de falhas de Julio Cesar em jogo decisivo do Campeonato Paulista, tomou a posição de titular para fazer história. Em seu primeiro confronto, o camisa 24 foi muito elogiado pelo desempenho contra os equatorianos.

Escalação: Cássio; Edenílson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Alessandro); Emerson (Elton), Willian (Alex) e Jorge Henrique

Corinthians 3x0 Emelec (09/05/2012)

Corinthians foi eficiente e passou com autoridade para as quartas

Corinthians foi eficiente e passou com autoridade para as quartas

Daniel Augusto Jr./Fotoarena

Mais de 34 mil torcedores lotaram o Pacaembu para empurrar o Corinthians para uma classificação às quartas de final. Por conta da excelente campanha, ainda sem saber o que é derrota, e dos 100% de aproveitamento em casa, o clima era de muita confiança no segundo confronto contra o Emelec, que impôs dificuldades na partida de ida. Com a bola rolando, Fábio Santos tratou de inflamar ainda mais os presentes, abrindo o placar logo aos sete minutos. O que aparentava caminhar para uma vitória tranquila acabou um pouco complicada pelo nervosismo da equipe em determinados momentos. A angústia só foi diminuir na metade do segundo tempo, quando Paulinho, de cabeça, ampliou para o time alvinegro. Com o gol, o alívio e o adversário entregue, Alex aproveitou o clima favorável e matou a partida. Vitória por 3 a 0 e classificação garantida. Ficava para trás o fantasma das oitavas, que vitimou o Corinthians em três oportunidades seguidas – 2003, 2006 e 2010.

Escalação: Cássio; Edenílson (Alessandro), Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Emerson (Douglas) e Willian (Liedson).

Quartas de final

Vasco 0x0 Corinthians (16/05/2012)

Corinthians e Vasco enfrentaram chuva e lama na primeira batalha, em São Januário

Corinthians e Vasco enfrentaram chuva e lama na primeira batalha, em São Januário

Rodrigo Coca/Fotoarena

As quartas de final contra o Vasco se apresentavam como o maior desafio do Corinthians até o momento na competição. Depois da acirrada disputa pelo Campeonato Brasileiro de 2011, que acabou com o título corinthiano apenas na última rodada, os cariocas chegavam para o duelo como uma das grandes forças da América. Para o primeiro embate, em São Januário, tudo remetia a Libertadores. A chuva castigava o gramado, a torcida visitante pressionava e os jogadores lutavam em meio a lama. Não tinha bola perdida para os atletas que já não pareciam mais vestir o branco do Corinthians - o marrom tomou conta dos uniformes. A partida seguia assim, disputada ao extremo e de pouquíssimos espaços. Embora tenha tomada um susto com gol de Alecsandro anulado, o Timão seguiu o “roteiro” que vinha trilhando na competição e saiu da partida com outro empate sem gols fora de casa. Agora, o time de Tite precisava de uma vitória simples no Pacaembu para chegar às semifinais.

Escalação: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo (Elton - 41'/2ºT) e Alex (Douglas - 34'/2ºT); Emerson (Willian - 37'/2ºT) e Jorge Henrique.

Corinthians 1x0 Vasco (23/05/2012)

A cabeçada de Paulinho entrou para a história como um dos mais importantes da campanha alvinegra

A cabeçada de Paulinho entrou para a história alvinegra

Daniel Augusto Jr.

Embora todos os corinthianos reconheçam e já saibam do histórico de jogos sofridos da equipe, nenhum dos quase 36 mil torcedores presentes no Pacaembu na noite de 23 de maio de 2012 poderia prever o roteiro da segunda partida entre Corinthians e Vasco. Depois da batalha em São Januário, o equilíbrio era esperado e a tônica do jogo se repetiu. Os jogadores brigavam por cada bola e povoavam todos os espaços do campo. Tomar um gol poderia ser fatal e, já no segundo tempo, aos 18 minutos, o Timão flertou com o que poderia ser o fim. Uma boa falta para o time alvinegro virou pesadelo em segundos. Alex cruzou, Fernando Prass afastou e Alessandro, o último homem, já na intermediária do campo ofensivo, tentou cruzar novamente na área. A bola não tomou o destino desejado, bateu em Diego Souza e sobrou para o camisa dez vascaíno, livre de marcação, ir em direção ao gol defendido por Cássio. Foram três toques do jogador na bola e sete segundos que pareceram uma vida de angústia. Tudo passava pela cabeça do torcedor. Eliminações passadas, derrota doloridas e, sobretudo, a possível eliminação em uma campanha brilhante. Foi ai que Cássio, como um despertador que acorda alguém de um pesadelo, desviou a bola para fora. Nem a cabeçada vascaína no travessão logo em seguida foi capaz de diminuir o alívio do Pacaembu e dos demais corinthianos espalhados pelo mundo. Depois do susto, o gol da libertação teimava em não vir. Dessa vez, o tempo corria rápido demais. Até que, aos 42 minutos, os olhares da arquibancada, que ganhou o reforço de Tite, expulso da partida, viram Alex correr para outra boa bola. Naquela cobrança, não foi ao encontro do goleiro do Vasco que ela foi. Conduzida por uma firme testada de Paulinho, a bola teve as redes como destino final. O Pacaembu explodiu. Personificados por um alvinegro, os 30 milhões de corinthianos abraçaram o camisa 8 no alambrado. O Corinthians estava classificado para as semifinais da tão sonhada Copa Libertadores da América.

Escalação: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf, Danilo e Alex; Jorge Henrique (Willian) e Emerson (Liedson)

Semifinal

Santos 0x1 Corinthians (13/06/2012)

Elenco comemora com Sheik o golaço que deu vantagem ao Corinthians na semifinais

Elenco comemora com Sheik o golaço que deu vantagem ao Corinthians na semifinais

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Depois da cinematográfica classificação, o Corinthians chegou às semifinais confiante, mas ciente da dificuldade de enfrentar o badalado Santos de Neymar e companhia. Tite e seus comandados sabiam da importância do primeiro jogo, na Vila Belmiro, para classificar-se para uma inédita final. Com isso em mente, a equipe alvinegra fez uma das melhores exibições táticas da Libertadores daquele ano. Povoou o campo ofensivo, marcou os talentos santistas e fez o jogo que queria em território inimigo. Para coroar a atuação, Emerson Sheik marcou uma pintura. Em excelente arrancada, Paulinho passou pelos marcadores e deixou a bola com o camisa 11. O atacante, então, ajeitou o corpo e bateu colocado no ângulo. Sem chances para qualquer goleiro. Depois do tento, o Corinthians fez o que sabia de melhor. Se defendeu com muita consciência e esperou um contra ataque para matar a classificação. A oportunidade não veio, mas nem um apagão na Vila Belmiro foi capaz de diminuir a concentração do Timão, que, mesmo com um a menos, por conta de expulsão de Emerson, levou a vantagem para casa.

Escalação: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Wallace); Emerson e Jorge Henrique

Corinthians 1x1 Santos (20/06/2012)

Danilo, com muita frieza, colocou o Corinthians na final

Danilo, com muita frieza, colocou o Corinthians na final

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

A semana demorou a passar para os corinthianos. De uma quarta-feira a outra o tempo parecia se arrastar. A proximidade de um momento histórico tirava o sono de qualquer um. Afinal, o clube estava a um empate de sua primeira final de Libertadores da América. Por isso, quem conseguia dormir, sonhava com o desfecho positivo do clássico no Pacaembu. Às 21h50 do dia 20 de junho, a bola rolou na presença de quase 38 mil torcedores famintos pela história. A tensão tomava conta, tomar um gol podia ser fatal. Se o nervosismo tomasse conta, os talentosos jogadores santistas estariam ali para aproveitar. Dito e feito. Muito recuado, o Corinthians foi pressionado e viu Neymar, em gol de rebote, abrir o placar. Caiam os 597 minutos do time sem tomar gol. Era preciso cabeça no lugar no segundo tempo. Tite colocou o time para frente, sabia que precisava marcar. Para alívio da Fiel, logo aos dois minutos da etapa final Alex bateu falta, a bola passou por todo mundo e caiu nos pés de Danilo. Com a calma de quem parecia estar em casa, o camisa 20 deslocou o goleiro rival e marcou o gol da classificação histórica. Era a personificação daquele Corinthians: frio e efetivo. A partir dali, o psicológico corinthiano dominou a partida, dando poucas chances ao Santos e garantindo-se na primeira final da história do clube. Para o torcedor alvinegro, faltavam dois passos para o céu.

Escalação: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Alex; Jorge Henrique, Willian (Liedson) e Danilo

Final

Boca Juniors 1x1 Corinthians (27/06/2012)

O primeiro e histórico toque de Romarinho na bola em La Bombonera

O primeiro e histórico toque de Romarinho na bola em La Bombonera

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

O tempo, novamente, foi inimigo dos corinthianos. Foram os sete dias mais longos da vida de cada um dos 30 milhões de torcedores. Para a final, talvez não houvesse palco mais simbólico que a La Bombonera, estádio do Boca Junior, multicampeão continental. Uma vitória contra um dos maiores clubes da América coroaria a brilhante campanha alvinegra, de apenas três gols sofridos e sem sentir o sabor da derrota. Ao entrar no gramado em Buenos Aires, os corinthianos ali presentes entraram também para a história do Timão. A receita era a mesma: se defender, buscar o contra ataque e levar a decisão para o Pacaembu. Mesmo estreante em finais, o time se mostrou maduro, experiente e ciente de sua estratégia. Lutou, provocou, brigou. Como frisa Tite em várias de suas entrevistas: “Mostrou competitividade”. Depois de um primeiro tempo de muito estudo, no entanto, o Corinthians voltou mais ansioso e o Boca Junior foi para cima. Perto dos 30 minutos da etapa final, os argentinos abriram o placar. Antes da bola entrar, Chicão até salvou em cima da linha, mas quem apareceu no rebote para completar foi Roncaglia. Nada de pânico, o placar ainda era favorável ao Timão, afinal, vencer em casa não parecia missão impossível. Os donos da casa sabiam disso e foram para cima. Fechado e de olho nos contra ataques, Tite fez uma alteração. Ali, o treinador não só mudou o time, como mudou a história. Assim como a entrada de Cássio no time, ainda nas oitavas, uma partida de outra competição ditou o rumo da conquista da Libertadores corinthiana. Romarinho estreou com dois golaços contra o Palmeiras, por isso, viajou para a Argentina com o time e ganhou a chance de entrar. Aos 39 minutos o garoto substituiu o experiente Danilo. Se alguns não entenderam a mexida de Adenor, a resposta veio um minuto depois. Emerson recebeu de Paulinho, girou bem e serviu o camisa 21. No primeiro toque na bola, o atacante bateu com calma por cima do goleiro e empatou a partida. A Fiel vibrou pelo jogador, que parecia não saber a enorme importância de seu gol. O Corinthians estava mais vivo do que nunca para o duelo decisivo no Pacaembu, sete dias mais tarde.

Escalação: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Alex (Wallace); Jorge Henrique (Liedson), Emerson e Danilo (Romarinho)

Corinthians 2x0 Boca Juniors (04/07/2012)

Emerson acabou com a espera dos milhares de corinthianos

Emerson acabou com a espera dos milhares de corinthianos

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Enfim, o último degrau. Toda a aflição dos 13 jogos anteriores se acumulou para esse momento. Seriam os últimos noventa minutos de uma campanha inesquecível. O Corinthians chegou ao Pacaembu invicto. Uma vitória simples libertava os milhões de torcedores que apoiavam o Timão - representados pelas vozes dos 37.959 presentes no estádio. Como em toda a competição, o jogo foi uma batalha. O primeiro tempo foi truncado e era Emerson quem escapava com perigo nas poucas oportunidades da partida. Outro que tentava bastante era Alex, finalizando de fora da área. Na segunda etapa, os dois protagonistas do setor ofensivo corinthiano ganharam a companhia de Jorge Henrique e Danilo na jogada que abriu o placar para o Timão. Em cobrança de falta de Alex, o camisa 23 cabeceou para cima e Danilo, experiente, deixou Emerson Sheik na cara do gol depois de belo toque de calcanhar. Depois de ajeitar com o peito, o atacante bateu forte de peito de pé para soltar o grito da Fiel. Faltando 40 minutos para o apito final, a torcida só queria que o tempo fosse aliado e passasse rápido. A angústia, no entanto, acabou aos 27 minutos. O zagueiro Schiavi abusou da calma e tocou no pé de Emerson. Vivendo grande noite, o camisa 11 alvinegro só teve o trabalho de carregar a bola, entrar na área, tocas na saída do goleiro e comemorar. Naquele momento, o Pacaembu, o Brasil e América já sabiam: o continente tinha um novo e poderoso dono. Os fantasmas foram exorcizados um a um e, de maneira invicta, o Corinthians ergueu o troféu da tão sonhada Copa Libertadores. Tite e seus comandados entraram para a história.

Escalação: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Douglas); Emerson Sheik (Liedson) e Jorge Henrique (Wallace)

Veja mais em: Jogos Históricos, Libertadores da América, História do Corinthians, Ex-jogadores do Corinthians e Ídolos do Corinthians.

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    Kim 63 comentários

    @kim17 em

    Irmão, parceiro, tudo la o que for nós da família CORINTHIANA. Esse bicho que escreveu isso lembra exatamente como era o sentimento de cada jogo. Lendo aqui me arrepiando com a sensação de estar sentindo novamente.

    Cara, ser CORINTHIANS É muito foda irmão.
    #SouCORINTHIANSporAmor
    #SouCORINTHIANOsofredor
    #SouCORINTHIANSporeufor

    #VamosSerCAMPEAOdaporraToda

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    Ericson 1137 comentários

    44º. @ericson.jonathan.pin em

    Quando o Emerson Sheik fez o segundo gol na final contra o Boca eu disse, "acabou o sofrimento"

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    Guilherme 6326 comentários

    43º. @guilherme.oliveira.d em

    Gols que eu mais comemorei:

    1º Paulinho contra o Vasco.
    2º Romarinho contra o Boca.
    3º Sheik contra o Boca,

    Jogos mais tensos.

    1º Corinthians x Vasco (2 Jogo)
    2º Corinthians x Boca (1 jogo)
    3º Corinthians x D. Tachira (estreia)

    Momentos mais emocionantes:

    1º Segundo gol do Sheik e confirmação do título
    2º Paulinho abraçando o torcedor depois do gol contra o Vasco/Defesa do Cássio x Diego Souza.
    3º Torcida pedindo para o Liedson bater o pênalti contra o D. Tachira (2 jogo)

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    Guilherme 6326 comentários

    42º. @guilherme.oliveira.d em

    5 Anos atrás o Brasil chorava. A fiel de Alegria e os antis de tristeza. 5 anos do Dia de São nunca.

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    Ygor 267 comentários

    41º. @ygor.naves em

    Quando o Romarinho fez o gol na Bombonera, foi a sensação mais estranha que já me aconteceu, eu não estava entendendo o que estava acontecendo, eu não consegui nem comemorar o gol direito, olhava pra TV pra ver se realmente tinha sido gol, foi um jogo maluco demais.

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    Guilherme 105 comentários

    40º. @guilherme.gonzalez.b em

    Pra mim o gol do Paulinho foi o gol do título, gol mais emocionante que já vi na minha vida